quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

AVAL realiza I Ciranda Literária de Acopiara





“O corpo é um caminho: ponte, e neste
efêmero abraço busco transpor o abismo.”
(Thiago de Mello).

Na data que os Maias afirmavam ser o fim do mundo. Na terra do lavrador em meio ao sertão nordestino. Na casa dos servidores públicos municipais de Acopiara, chão de organização politica da classe trabalhadora.Após o por do sol, banhados pelas gotas de água que caíram do céu iniciando um novo ciclo vital, aconteceu a I Ciranda Literária de Acopiara com o tema: “Viajando no mundo poético de Thiago de Mello”.

Por volta das 19 horas e 30 minutos, o cirandeiro Messias Pinheiro acolheu os participantes, e iniciou o momento místico, onde de mão em mão passou-se uma vela simbolizando a chama do saber, a busca constante pelo conhecimento e evolução humana.

Logo após, o cirandeiro Walter Cleber falou sobre a biografia do autor e recitou:“cordel para Thiago de Mello” de Gustavo Dourado. A cirandeira Maidê Ferreira relatou sobre a importância da literatura para a vida, contextualizando com o cotidiano na ótica popular.

Os participantes foram motivados a contemplar os textos espalhados pelo chão, a partir da escolha de leitura recitaram os poemas do mesmo. Em seguida receberam o texto: “poesia: a verdade da vida”também de Thiago, o qual foi lido de maneira coletiva. Em uma roda de conversa partilharam os aspectos reflexivos encontrados nas obras,a maneira do autor ver o mundo, intertextualizando-os com suas próprias vivencias.

Assim como afirma o poeta“Como sei pouco, e sou pouco, faço o pouco que me cabe me dando inteiro.” A primeira ciranda literária foi concluída com aplausos aos sujeitos que se fizeram presentes. Pois, “É tempo sobretudo de deixar de ser apenas a solitária vanguarda de nós mesmos. Se trata de ir ao encontro. (Dura no peito, arde  límpida verdade dos nossos erros). Se trata de abrir o rumo”(Para os que virão- Thiago de Mello).


Acopiara, 23 de dezembro de 2012.
Walter Cleber, Messias Pinheiro e Maidê Ferreira.

Comentários:

Foi belíssimo, achei muito interessante pois a cultura nos enriquece em conhecimento, nos tornando mais conscientes
(Adriana Inacio – Pedagoga e Coordenadora da PJMP)
A ciranda foi importante porque passamos a conhecer novos autores e novas culturas
(Alice Rodrigues - Estudante do curso técnico em enfermagem da E.E.E.P. Alfredo Nunes de Melo)

A AVAL está de parabéns por realizar a I ciranda literária com intuito de incentivar cada vez mais a leitura no nosso município, que é de suma importância para o crescimento do indivíduo. Através de suas cirandas AVAL apresenta obras de autores renomados nacionalmente e internacionalmente” 
(Adailton Melo – Ator e educador no Programa Segundo Tempo)



terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Carta Pedagógica do I Encontro Estadual das Juventudes Recid Ceará

“É esta a nossa hora e o tempo é pra nós.
Que chegue em todo o canto a nossa voz
Miremos bem no espelho da memória.
Faremos jovem linda a nossa história...”
(Zé Vicente)

“O mais viável é nos referirmos à unidade do diverso da juventude, ou seja, juventudes em movimento.” (Roberta Transpadini)


Estimados(as) Companheiros(as),

Vivemos tempos urgentes. Os últimos anos têm nos revelado e imprimido profundas transformações de cunho social, econômico e cultural, o que afeta, de forma direta e incisiva, a nossa rotina e relações sociais.
Diante de tal leitura, as inquietações e indignações nos impele a lutar em busca da efetivação de um modelo anticapitalista e contra-hegemônico, que para nós, movimentos sociais e populares articulados em rede, se configura e toma corpo num Projeto Popular de Nação.

Para que esse projeto tome corpo, se materialize em ações concretas e cotidianas, precisamos de ousadia e entusiasmo. Precisamos ler e querer este mundo sob a óptica de um/a revolucionário/a. E, quando falamos em inquietação, indignação, entusiasmo, ousadia e mudança revolucionária, estamos falando diretamente da juventude, ou melhor das “juventudes”. Já foi-se o tempo de achar que somos ou seremos o futuro, somos o hoje e o agora. Somos a mudança necessária que vai na contramão das mazelas cotidianas. Não somos, ao contrário do rótulo que nos apregoaram, rebeldes sem causa ou massa amorfa e sem efeito.

Foi com esse pensamento e no intuito de construir e efetivar um diálogo comprometido sobre nossas causas e em fortalecimento às ações relacionadas ao I Encontro Nacional de Juventudes da Recid, que nós, juventudes dos movimentos sociais e populares, realizamos nos dias 07 e 08 de dezembro de 2012, o nosso, também I Encontro Estadual das Juventudes da Recid Ceará, em reconhecimento aos nossos acúmulo e demandas.

Sob os mesmos tema e lema do encontro nacional - Tema: “Juventude e Poder Popular” e Lema: “A juventude construindo a manhã desejada”, que nos conhecemos enquanto turma e percebemos que, embora trilhando caminhos diferentes e com formas diferentes de caminhar, queremos chegar ao mesmo lugar, que é uma nação soberana com o povo consciente, autônomo, livre de qualquer forma de privação, pleno em direitos.

Nossa conversa foi calorosa. Afinamos idéias, nos “alfinetamos”, no sentido de nos auto-provocar e inquietar-se, e isso não nos segregou, ao contrário, nos aproximou e nos estimulou a querer conhecer melhor o outro e dar mais “movimento” a Rede.

Quais são os nossos principais problemas? Em quais lutas militamos? O que entendemos e já fazemos na perspectiva da construção do projeto que queremos? Estas foram algumas questões que nos motivaram durante todo o encontro.

Estamos muito animados. Empenhamos esperança e sinergia nos nossos encaminhamentos, mais ainda, construímos laços, que serão bem mais fortalecidos e estreitados a partir de agora, desta hora onde resolvemos nos somar rumo a algo macro, sem, no entanto, perder de vista quem está do nosso lado, de onde vimos, onde estamos e contra quem lutamos. Não somos ingênuos em pensar que será fácil, mas nos sentimos mais fortes, empoderados da força do Outro que soma e flui em rede. Já somos um Coletivo.

Em diálogo com uma jovem autora e também militante das causas sociais e populares, nos sentimos e evidenciamos como protagonista da formação consciente, como ser e sujeito histórico do nosso tempo, como ser social e que temos consciência de classe.

Encerramos nosso anúncio evidenciando que “diferenças cedem espaço à diversidade em unidade e as experiências conformam um quadro comum neste mosaico de cores, flores, pedras, territórios específicos dentro de um modelo de desenvolvimento geral. Que o popular vira palco da territorialidade do poder, cujo protagonismo compartilhado vai, pouco a pouco, superando as classificações e criando um novo arranjo de sociedade em cujo poder popular dê unidade ao diverso, harmonize as particularidades no todo do projeto de classe, efetive a inclusão real deste grupo na tomada de decisão rumo à implementação da sociedade que se quer”.

Foi esse o sentimento de pertença e crença naquilo que fazemos, enquanto classe, enquanto juventudes, enquanto lutadores/as rumo a construção de uma nova era, de um novo mundo, que já se tinha começado, mas que agora o assumimos enquanto Juventudes organizadas na Recid Ceará!

Gt de Comunicação da Recid Ceará

Mundo


Ainda não é o fim



Ainda não é o fim. É bom andar,
mesmo de pernas bambas. Entre os álamos,
no vento anoitecido, ouço de novo
(com os mesmos ouvidos que escutaram
“Mata aqui mesmo?”) um riso de menina.
Estou quase canção, não vou morrer
agora, de mim mesmo, mal livrado
de recente e total morte de fogo.
A vida me reclama: a moça nua
me chama da janela, e nunca mais
e lembrarei sequer dos olhos dela.
Posso seguir andando como um homem
entre rosas e pombos e cabelos
que em prazo certo me devolverão
ao sonho que me queima o coração.
Muito perdi, mas amo o que sobrou.
Alguma dor, pungindo cristalina,
alguma estrela, um rosto de campina.
Com o que sobrou, avanço, devagar.
Se avançar é saber, lâmina ardendo
na flor do cerebelo, porque foi
que a alegria, a alegria começando
a se abrir, de repente teve fim.
Mas que avançar no chão ferido seja
também saber o que fazer de mim.

Thiago de Mello

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Arte literária como instrumento de transformação social e intelectual



Ao analisarmos o nascimento de uma criança, podemos perceber que ela não traz consigo um léxico inalterável de conhecimento. Com o seu desenvolvimento físico e psíquico surge à produção de diversos hábitos, entre eles o de ler. Leitura aqui compreendida não como codificação a decifrar, mas sim como uma habilidade de interpretação da linguagem verbal humana, onde o leitor interage simultaneamente com o texto e o autor.

Segundo Augusto Boal pensar é sobre tudo sentir e que só a sensibilidade nos faz saber que existimos. Com práticas literárias, estimulamos a nossa sensibilidade, questionamos a realidade, buscamos ter opinião própria e compreensão dos discursos e tudo que se encontra a sua volta.

Estimular o sistema cognitivo de um ser é indicar caminhos para o protagonismo pessoal, libertação de paradigmas e construção de voz ativa diante do sistema opressor, excludente e desigual, como também incitar a tomada de posicionamento enquanto sujeito de sua própria história.

Messias Pinheiro

I Encontro Estadual da Juventude RECID-CE

No dia 08 de dezembro de 2012 os Cirandeiros Messias Pinheiro, Maid Ferreira, Walter Cleber e Antonio Gonçalves (Ronildo), participaram do I Encontro da Juventude RECID - Ceará que aconteceu no auditório do SINTSEF em Iguatu. O Encontro teve como tema: Juventude  e Poder Popular e Lema “construindo a manhã desejada”.  
O objetivo geral do encontro foi a partir das experiências de organização, participação e formação das juventudes, consolidar uma leitura comum da conjuntura estadual e brasileira e apontar os principais desafios e ações da juventude na construção do Projeto popular de Nação.

Na oportunidade, a convite da coordenação o Diretor Geral da AVAL Messias Pinheiro relatou um pouco sobre as finalidades da Associação dos Voluntários da Arte e da Leitura, seu papel na sociedade, objetivos e atividades.




O encontro foi um momento de formação, integração e motivação para os Cirandeiros seguirem na roda partilhando conhecimentos, incentivando a leitura e construindo cultura.





“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre”.

Paulo Freire

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Venha PARTICIPAR.


O MUNDO DA LEITURA



A leitura é um conhecimento construído de experiências únicas? Um desejo de viver?

Na verdade, a leitura está relacionada não só a estes questionamentos, mas a inúmeros outros. O ato de ler é representado por meio da escrita, do som, da arte, dos cheiros. Cada leitor possui uma experiência própria, cotidiana e pessoal, tornando a leitura única, Incapaz de se repetir, e este é o seu grande encanto.

Através deste recurso fabuloso, conseguimos o total domínio da palavra, traçando ideias e Conhecimentos, sendo possível entender o mundo que nos cerca, nos transformamos e, ao nos transformar, abrimos nossas mentes para o desconhecido, passando assim a construir um mundo melhor para cada um de nós.

Por meio da leitura resgatamos nossas lembranças mais especiais, que fazem parte da nossa cultura. Essa cultura que nos foi dada tem como finalidade a formação de cidadãos críticos e
Conscientes de seus atos, porém essa cultura se dilui e se perde diariamente, e é este saber, esta cultura que precisa ser recuperada. Podemos ressaltar que a leitura não se constitui em um ato solitário, nem em atividades individuais, o leitor é sempre parte de um grupo social, certamente carregará para esse grupo elementos de sua leitura, do mesmo modo que a leitura trará vivências oriundas do social, de sua experiência prévia e individual do mundo e da vida.

Ao ler um texto ou um livro, interagimos não propriamente com o texto, mas com os leitores virtuais, que são constituídos no próprio ato da escrita. O autor os cria em seus textos e o leitor real, lê o texto e dele se apropria. O texto passa assim a exercer uma mediação entre sujeitos, tendo a influência de estabelecer relações entre os leitores reais ou virtuais. O conceito de leitura na maior parte das vezes está relacionado com a decifração dos Códigos linguísticos e sua aprendizagem. No entanto, não podemos deixar de levar em consideração o processo de formação social deste indivíduo, suas capacidades, sua cultura política e social.

Martins define de uma forma bem simples e objetiva o que é ler, mostrando que este ato não é simplesmente um aprendizado qualquer, e sim uma conquista de autonomia, que permite a ampliação dos nossos horizontes. O leitor passa a entender melhor o seu universo, rompendo assim as barreiras, deixando a passividade de lado, encarando melhor a face da realidade.
Saber ler e escrever, já entre os gregos e romanos, significava possuir as bases de uma educação adequada para a vida, educação essa que visava não só ao desenvolvimento das capacidades intelectuais e espirituais, como das aptidões físicas, possibilitando ao cidadão integrar-se efetivamente a sociedade, no caso à classe dos senhores, dos homens livres dentro de toda uma sociedade, de uma cultura, não podemos nos esquecer, que a peça fundamental de todo este processo, primeiramente, somos nós. Ler também faz parte de um contexto pessoal. Temos que valorizá-lo para podermos ir além. Além de tudo o que se pode simplesmente ler, ir até onde nossa imaginação possa ser capaz de nos levar.

Sartre, em seu relato autobiográfico, mostra uma perspectiva mais realista, porém não menos interessante sobre a inicialização da leitura, em que nos mostra que ler está além das letras impressas no papel.  Em sua obra nos fala como foram suas primeiras experiências com a leitura, sendo o seu primeiro livro intitulado: “Tribulações de um chinês na China”.

“[...] transportei-me para um quarto de despejo; aí, empoleirado sobre uma cama de armar, fiz de conta que estava lendo: seguia com os olhos as linhas negras sem saltar uma única e me contava a história em voz alta, tomando o cuidado de pronunciar todas as sílabas (...) fiz com que me surpreendessem _, gritaram admirados e decidiram que era tempo de me ensinar o alfabeto. Fui zeloso como catecúmeno; ia a ponto de dar a mim mesmo aulas particulares; eu montava na minha cama de armar com o Sem família de Hector Malot, que conhecia de cor e, em parte recitando, em parte decifrando, percorri-lhe todas as páginas, uma após outra: quando a última foi virada, eu sabia ler. (p.15)”.

O simples ato de ler passou a ser uma fantástica aventura, onde as barreiras do mundo não passavam de meras casualidades para ele. Sartre passou a enxergar os livros, o ato de ler, com outros olhos, mostrando-nos que a leitura vai além de todas as nossas perspectivas, se nos deixarmos envolver por ela. A curiosidade passa a ser a necessidade de alimentar o imaginário, desvendar os segredos do mundo e dar ao leitor o conhecimento de si mesmo através da maneira que lê e encara o mundo. Dá-nos a impressão de o mundo estar ao nosso alcance, não só o compreenderemos, aprenderemos a conviver melhor, mas até modificá-lo à medida que incorporamos as experiências vividas em uma leitura. 

Eu iria escutá-las, encher-me-ia de discursos cerimoniosos e saberia tudo. Deixavam-me vagabundear pela biblioteca e eu dava assalto à sabedoria humana. Foi ela quem me fez... Nunca esgaravatei a terra nem farejei ninhos, não herborizei nem joguei pedras nos passarinhos. Mas os livros foram meus passarinhos e meus ninhos, meus animais domésticos, meu estábulo e meu campo; a biblioteca era um mundo colhido no espelho; tinha a espessura infinita, a sua variedade e a sua imprevisibilidade. Eu me lançava às incríveis aventuras: era preciso escalar cadeiras, as mesas, com o risco de provocar avalanches que me teria sepultado.
Paulo Freire afirma que “ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo; os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo”.

Sartre e Burroughts nos indicam que o conhecimento da língua não é suficiente para se efetivar a leitura, é necessário algo mais. Precisamos adquiri-la, a partir de situações comuns que se interpõem em nosso dia-a-dia, ou seja, devemos nos abrir para compreender não só o mundo da leitura, mas também a sociedade em que vivemos, pois sem o encontro destes dois ingredientes nosso processo de leitura nunca estará completo, pois o verdadeiro leitor nunca é passivo diante do texto; ao contrário, ele é o responsável direto dos sentidos que imprime a esse texto.

Danielle Santos de Brito

Fonte:
http://www.fals.com.br/revela11/Artigo4_ed08.pdf
Periódico de Divulgação Científica da FALS
Ano IV - Nº VIII- JUN / 2010 - ISSN 1982-646X

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Primeiros Passos da AVAL - Março a Novembro de 2012


A Associação dos Voluntários da arte e da Leitura durante o ano de 2012 deu seus primeiros passos diante da longa Caminhada que terá pela frente.  Foram realizadas poucas atividades, mas que já sinaliza a grandiosidade dessa organização. 

No período de março a maio de 2012 aconteceu às oficinas do Projeto Ciranda dos Saberes na Escola de Ensino Fundamental Serafim de Sousa Lima para 15 alunos que cursavam entre o 7º ao 9º ano. O Projeto tinha como objetivo ser espaço de discussão, reflexão e construção coletiva, reconhecendo e valorizando o potencial de conhecimento de cada Participante, incentivando a troca de saberes. Nele foram desenvolvidas três oficinas temáticas: Oficina de Cidadania tendo como facilitador o Pedagogo Kelton Bruno; Oficina de Literatura facilitadora Maria Idernandes -Maid (Poetisa e acadêmica do Curso de Letras da UECE-FECLI) e Oficina Artística facilitador Messias Pinheiro, como também uma visita à Biblioteca Publica Municipal e o Projeto Academia das Artes em Acopiara.   Esse projeto contou com o apoio financeiro do LEO Clube Acopiara e da Pastoral da Juventude do Meio Popular-PJMP de Acopiara.


Oficina de Cidadania

Oficina de Literatura

Oficina de Artes

Visita a Biblioteca Municipal e a Academia das Artes

Aos 24 dias do mês de junho de 2012 na sede da Academia das Artes em Acopiara Ceará realizou-se a Primeira Assembleia Geral da AVAL onde seus sócios participaram de uma roda de conversa sobre o método freiriano de educação popular, avaliaram o primeiro semestre e planejaram o segundo semestre do respectivo ano. Messias Pinheiro acolheu os participantes com um texto de André Fonseca “Arrogância jovem” que questionava sobre o que os jovens vêm fazendo para deixar para as próximas gerações. Walter Cleber coordenou a roda de conversa iniciando-a uma atividade de autoconhecimento intitulado por minha bandeira pessoal objetivando possibilitar aos participantes a identificação das habilidades e limitações pessoais.

I Assembleia da AVAL - Acopiara - CE

No dia 09 de setembro de 2012 comemorando o primeiro aniversario da AVAL aconteceu em Mombaça o Lançamento do Folheto “Gotas de Um Sonho” do Poeta Gilvan Azevedo. Essa data ficou marcada por ter sido uma noite de muita emoção, brilhantismo, e alegria para todos que participaram.

Lançamento do Folheto "Gotas de Um Sonho"



Tendo em vista a importância da Avaliação e do Planejamento, aconteceu em Mombaça no dia 15 de Novembro de 2012 a II Assembleia Geral da AVAL. Foi um dia inteiro de estudo, discussão e reflexão sobre qual o papel dos Voluntários da Arte e da Leitura e quais passos serão necessários a serem dados, para ela tornar-se efetivamente uma ação pedagógica, sistematizada, organizada, formadora de opiniões e parceira na transformação da realidade. Na Assembleia foi aclamada a diretoria para o ano de 2013 como também reformulado a parte da estrutura organizacional e de gestão no Estatuto da organização.


II Assembleia da AVAL - Mombaça-CE


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A Importância do Ato de Ler



Segundo Paulo Freire a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra. O ato de ler se veio dando na sua experiência existencial. Primeiro, a “leitura” do mundo do pequeno mundo em que se movia; depois, a leitura da palavra que nem sempre, ao longo da sua escolarização, foi a leitura da “palavra mundo”. Na verdade, aquele mundo especial se dava a ele como o mundo de sua atividade perspectiva, por isso, mesmo como o mundo de suas primeiras leituras. Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto em cuja percepção experimentava e, quando mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber se encarnavam numa série de coisas, de objetos, de sinais, cuja compreensão ia aprendendo no seu trato com eles, na sua relação com seus irmãos mais velhos e com seus pais.
A leitura do seu mundo foi sempre fundamental para a compreensão da importância do ato de ler, de escrever ou de reescrevê-lo, e transformá-lo através de uma prática consciente.
Esse movimento dinâmico é um dos aspectos centrais do processo de alfabetização que deveriam vir do universo vocabular dos grupos populares, expressando a sua real linguagem, carregadas da significação de sua experiência existencial e não da experiência do educador.
A alfabetização é a criação ou a montagem da expressão escrita da expressão oral. Assim as palavras do povo, vinham através da leitura do mundo. Depois voltavam a eles, inseridas no que se chamou de codificações, que são representações da realidade. No fundo esse conjunto de representações de situações concretas possibilitava aos grupos populares uma “leitura da leitura” anterior do mundo, antes da leitura da palavra. O ato de ler implica na percepção crítica, interpretação e “re-escrita” do lido.

Fonte: http://www.sul-sc.com.br/afolha/monografia/resenha_ato_ler.htm