Ao analisarmos o nascimento de
uma criança, podemos perceber que ela não traz consigo um léxico inalterável de
conhecimento. Com o seu desenvolvimento físico e psíquico surge à produção de
diversos hábitos, entre eles o de ler. Leitura aqui compreendida não como
codificação a decifrar, mas sim como uma habilidade de interpretação da
linguagem verbal humana, onde o leitor interage simultaneamente com o texto e o
autor.
Segundo Augusto Boal pensar é
sobre tudo sentir e que só a sensibilidade nos faz saber que existimos. Com práticas
literárias, estimulamos a nossa sensibilidade, questionamos a realidade,
buscamos ter opinião própria e compreensão dos discursos e tudo que se encontra
a sua volta.
Estimular o sistema cognitivo de
um ser é indicar caminhos para o protagonismo pessoal, libertação de paradigmas
e construção de voz ativa diante do sistema opressor, excludente e desigual,
como também incitar a tomada de posicionamento enquanto sujeito de sua própria
história.
Messias Pinheiro
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